Poço Mental - e outros textos
Poço Mental
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A mente humana às vezes é como um abismo infernal cheio de poços macabros com demônios, monstros, espíritos perdidos e espectros vagando por toda a parte. Por isso, encarar o abismo é uma coisa que qualquer um faz, várias vezes durante a vida. Mas cair dentro desse abismo, ser jogado nele ou pular nele de livre e espontânea vontade, estar dentro desse abismo, sobreviver a ele, caminhar por ele, senti-lo, vivenciá-lo, absorvê-lo, aprender com ele e, como um novo tipo de ser, brutalmente transformado, retornar...isso, é para poucos. Na verdade, raríssimos são os que conseguem retornar desse abismo. A maioria dos indivíduos apenas observa o abismo à distância, porque sabem que não retornariam.
—
Numa manhã nebulosa dos primeiros dias de novembro, a cidade de Perdidos acordava lentamente. A casa número 103 da Rua Santo Antônio escondia segredos sombrios e silenciosos que só Roberto, um jovem professor de Letras, conhecia. Ele olhava fixamente para o teto ouvindo suas músicas pesadas preferidas enquanto os pensamentos mais tenebrosos iam e vinham em sua estranha e solitária mente. Hoje era o dia que ele planejava há meses.
— Laura, o café está pronto! — chamou Isabel, uma mulher de 56 anos com uma expressão sempre gentil embora fosse nítido o cansaço dos anos em sua face, enquanto terminava de arrumar a mesa. Laura, uma bela jovem de 23 anos, estava no penúltimo ano da faculdade de pedagogia, sonhava com um futuro melhor e com todas as coisas que as pessoas comuns sonham, enquanto a irmã mais nova, Ana, de 20 anos, já era enfermeira mas como quase todos os jovens em todas as épocas, ansiava por novas aventuras.
Roberto, um jovem magricelo e alto de quase 30 anos, que tinha um jeito esquisito de olhar, andar e falar, sempre taciturno, entrou na cozinha, os olhos vazios, mas um sorriso forçado nos lábios.
— Obrigado, mãe. Precisamos conversar sobre algo importante mais tarde — disse ele, sentando-se à mesa enquanto tomava a xícara de café e ajeitava seus óculos olhando para a mesa e para o nada e o vazio que ele via além da mesa.
Isabel olhou para aquele tipo estranho, franziu a testa, sentindo uma sombra de preocupação e um leve frio na espinha, mas acenou com a cabeça, consentindo.
— Claro, filho. Vamos falar, sim...
Isabel sentia algo ruim naquele rapaz, desde o seu nascimento. Era como se uma sombra obscura de uma energia muito ruim pairasse sobre ele.
As irmãs chegaram logo depois, ainda sonolentas, e começaram a comer. Laura, sempre curiosa e irônica, perguntou:
— E então, Roberto, qual é a grande novidade?
Roberto olhou friamente para ela, com o já conhecido sorriso forçado.
— Vamos fazer uma viagem até a cidade do tio Lu. Todos nós.
Tio Lu era o preferido das irmãs e morava numa cidade próxima de Perdidos.
— E o que tem para fazer lá, Roberto? — perguntou Laura.
Ele olhou para a janela e além dela, observando uma ave que voava em círculos no horizonte, com o olhar frio e deprimente mas sempre dissimulado, típico de psicopatas, sociopatas e outros tipos abomináveis que tem aos montes na sociedade.
— É uma oportunidade única. Precisamos resolver algumas coisas lá. Confie em mim, tudo ficará bem — respondeu Roberto, tentando esconder certa tensão na voz.
Ana, sempre otimista e sorridente, típico dos jovens que ainda não foram espancados pela vida, sorriu ironicamente.
— Uma viagem? Isso pode ser divertido! É pertinho e o tio Lu é muito legal!
Isabel, embora apreensiva e sentido aquele aperto no coração que toda mãe sente ao olhar para os filhos, especialmente, para filhos problemáticos como Roberto, decidiu não questionar. Apesar de tudo, o que poderia dar errado em confiar no próprio filho? Ademais, ele sempre foi assim, desde criança, fechado, na dele.
O dia passou normalmente. Como um dia normal de novembro no frio fora de época do Sul.
Contudo, a noite chegou. E naquela noite, quando a pequena e pacata cidade de Perdidos estava mergulhada no silêncio, Roberto agiu.
Armado com uma faca, cujo fio parecia o fio de um bisturi, ele se aproximou da mãe que lia um livro, deitada no sofá da sala.
— Roberto, o que você está fazendo com isso? — perguntou Isabel, com os olhos arregalados de terror visualizando a faca.
Olhando friamente para a mãe, mas com um sorriso insano de canto de boca, ele foi se aproximando rapidamente.
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